quarta-feira, março 08, 2017

8 de Março de 2016Coimbra

Certamente, e mesmo atendendo aos indicadores que recorrentemente surgem acerca da condição feminina, ainda se justificará a existência de um “dia da mulher”. A evolução do conceito de igualdade não tem tido, de facto, o reflexo social e até profissional que seria lógico e desejável.
Mas os aspectos que hoje gostava de realçar são os positivos. Os da diferença de género.
Já não tenho idade para usufruir do entusiasmo louco da paixão. Antes mesmo da RM funcional demonstrar o desassossego neuronal que provoca, já o intuía. Recordo-o como os estados mais lúcidos, vibrantes e conscientes que vivi.
Recordo também, desde a infância, a ternura de um olhar, a segurança de um contacto mesmo que epidérmico. O jogo da cumplicidade mais profunda. A atenção. O pormenor. A dádiva.
A antecipação. O desejo. O fundir de imaginários. O cheiro. O reencontro. A morte, o esquecimento e o renascer.
Tudo isto e muito mais devo às mulheres que passaram e estão presentes diariamente na minha vida. O meu obrigado por existirem. Se pudesse, para mim, todos os dias seriam “da mulher

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