Não guardou na sua memória qualquer recordação desses dias. Muito menos da desconhecida sensação de prazer que como um éter incerto a acompanhara.
Toda a sua vida tinha sido de evitamento e defesa. Físico primeiro. Depois emocional. Depois transformou-se numa sobrevivência isolada e sem cedências.
A enorme quantidade de informação que lhe passava pelo cérebro não tinha despertado até aí nem rancor nem paixão. Apenas se ajustava num sentido lógico e matemático. E nesse momento único de auto-indisciplina conheceu um nauseante flash de ciúme. Não tinha completado a metamorfose. Foi apenas um pesadelo...