domingo, setembro 18, 2011

Sarah Westphal

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase

sexta-feira, setembro 09, 2011

antecipação e frustração

se a antecipação é essência remanescente do humor, a frustração da perspectiva do que antecipamos gostosamente é um luto. negro como todos os outros. o perfume do que não persiste. o sonho que não se concretiza. será que a vida saltita de antecipação em antecipação? procurando a pequena suja que come chocolates e saltando por cima da filha da lavadeira?

quinta-feira, setembro 08, 2011

quarta-feira, setembro 07, 2011

o mundo entre citações e a reserva

abordei há dias, aqui, o que acho do mundo, da vida, protegida por citações e os estados de espírito induzidos sobretudo na evocação dos poetas. pensei que fosse apenas uma maneira de viver, indigente, plagiosa e sem riscos. Entendo agora que pode servir também para a preservação da intimidade, da identidade própria. uma máscara portanto. nada de mais dirão se do outro lado estiver outra ... máscara contra máscara...estilizada, porcelana de Veneza pode ser...seda tailandesa talvez...
mas será que através da máscara própria se poderá conhecer um rosto autentico?

terça-feira, setembro 06, 2011

here we go again...

não sei bem quando surgirá a primeira desilusão. talvez quando se nasce para um mundo menos acolhedor...ou quando não nos escolhem para jogar futebol na equipa da rua...ou quando aprendemos que podem dizer mal de nós...quando pela primeira vez sentimos que não somos o centro de tudo...
sei no entanto que continua depois no desapontamento, no esfumar de expectativas que temos em relação a quem gostamos..por vezes até á agonia da traição e da rejeição...
também imagino que, nós próprios, não ficamos iguais..olhamos mais penetrantemente...ouvimos com mais reserva...sentimos com mais contenção...
pode surgir depois a evolução para a descrença e para o cinismo...não acredito em nada...não vou confiar em ninguém...não vou sentir... nada me magoa... Alguns aí permanecem solitários de opção, apreciando o mundo tranquila e pausadamente como se não lhe pertencessem.

http://www.youtube.com/watch?v=RKGXzMIAr40

sexta-feira, setembro 02, 2011

intelectuais e a escolha

As Benevolentes foi um livro que me marcou. Nas primeiras cem páginas a coragem para abordar a seguinte vinha apenas de saber que tinha a liberdade de desistir. Por obrigação li talvez meia dúzia de livros. Do Saramago? seguramente. Do Paulo Coelho? tambem, o mais pequeno. Do Sousa Tavares. SIM, os dois. Gosto de não gostar porque conheço, não pela sedução de criticas e pelos must.

Vinha isto a propósito de alguns intelectuais a sério que utilizam adequadamente várias linguas para procurar a expressão mais precisa e rebuscam os livros à  procura de alguma frase a que vagamente possam adaptar um estado de espírito tido por mais conveniente. E assim se auto-perpetuam. Repetem mas não inventam.
É tão segura a vida no meio de citações!