segunda-feira, dezembro 26, 2005

O Natal dos Presentes

Ouço e leio opiniões divergentes. O natal dos bons sentimentos, do Mr Scroodge depois do espírito dos natais futuros, das promessas e do altruísmo. Encontro o natal dos ódios, dos distanciamentos e das mensagens de silêncio. Da retaliaçãoo em nome do amor e da paixão. Reencontro-me na memória dos desaparecidos e no calor dos presentes. Não se convencionou que esta é uma época de presentes?! Posted by Picasa

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Mais um ano de vida para alem da sobrevivencia Posted by Picasa

sábado, agosto 13, 2005

A fácil dedução

Um dia, quem sabe, (?) acordarás com a plena consciência do que fizeste. Das razões fúteis para a mentira e a para a traição. Não te dará espaço ou não haverá tempo para o arrependimento. Mas a vida ser-te-á curta para a lenta consumação do remorso.

quinta-feira, julho 14, 2005

Da indecisão aos princípios

A indecisão marcou-a desde muito cedo. Só se tornou no entanto notória quando deu consigo a não conseguir dar o passo seguinte, por altura de uma adolescência precoce. As horas que passava na indecisão de mover apenas um pé retinham-na prisioneira no seu quarto e nela própria. Terá então descoberto um dia a solução dos "princípios". De justiça? Claro. De noção de honra e lealdade? Evidentemente! Pela defesa dos seus "princípios" todos os passos eram possíveis. Dos princípios fez motor de pesquisa. Dos princípios ficou prisioneira. Não já do quarto mas ainda dela própria.
(continua com "Dos Princípios á realidade virtual")
Apenas ficção (parte 2)
Por volta dos 10 anos resolveu fazer a sua escolha. Seria homossexual quando fosse grande anunciou contra tudo e sem que ninguém o pressionasse. Numa altura em que todos sentem dúvida e procuram, concluiu apenas por uma das vertentes de si próprio. Apressadamente como se quisesse assumir desde logo o compromisso. Terá confundido as sombras que o assustavam e perseguiam com o seu próprio ser? O que é seguro é que foi de encontro aos seus receios e identificou-se, rendeu-se. Mas...ainda e sempre a comparação com os outros. E sobretudo as miragens. Não encaixava certamente no papel que para ele tinha sonhado a vendedora de miragens.(tem continuação)

quinta-feira, junho 16, 2005

Laboratório de vida

Uma vida cheia de intimidade e de partilha. A possibilidade de perceber e aprender com os sentimentos, a sensibilidade, os erros, os defeitos e a coragem dos outros.Exemplos de resistência e exemplos de debilidade. De amor e ódio. De desinteresse e de ganância. De fria ponderação e de explosão descontrolada. Todos eles coexistindo num meio próximo, num tempo curto, muitas vezes na mesma pessoa.

quarta-feira, junho 15, 2005

Apenas ficção (parte 1)

Por pura distracção do destino nasceu na véspera de Natal. Cabeça grande, braços desproporcionadamente longos, olhos indefinidos. Que coisa feia comentou o avô com a experiencia de parteiro de mil partos e a franqueza de médico de família que de costume amenizava atrás de uma reconhecida sensibilidade. Foi apesar disso crescendo e tomando consciência do seu corpo, como de resto todas as crianças.

E começou a manipular objectos que, renitentemente, tinham uma relação instável e insegura com ele. Partiam-se, estragavam-se, deterioravam-se, imagine-se até que se desintegravam. Sem qualquer esforço aparente mas com consequências desastrosas. Mais para a sua própria personalidade que para a economia doméstica. Compensava no entanto este pormenor de somenos importância com uma imaginação produtiva e uma rara agudeza de raciocínio. Na sua mente podia manipular os acontecimentos e os objectos virtuais à vontade. Eles moviam-se à velocidade da luz para onde quisesse nas mais incríveis e inimagináveis trajectórias. Incólumes.

Chegou depois à idade de apreciar os outros. Os braços, a destreza, o carácter. Daí nasceu primeiro a consciência da diferença. Depois a admiração. No meio permaneceu a inveja. A revolta apareceu mais tarde. A raiva era apenas um escape ocasional.

Por essa altura o “morcego vermelho” era o seu herói e modelo. Mas todos temos também um pesadelo e uma consubstanciação do medo daquilo que não nos queremos sentir nem ser. E aconteceu transformar um inócuo tontinho do bairro a quem todos davam uma moeda para o café, nessa sombra persecutória e aterradora.
E começou primeiro a evita-lo. Depois a fugir e a esconder-se. Depois a desconfiar de todas as sombras. Nunca chegou a perceber se fugia apenas dele próprio.

terça-feira, junho 14, 2005


Champions of the World Posted by Hello

sábado, maio 21, 2005


Guiné Posted by Hello

Africa do Sul Posted by Hello

podia ter sido pior... Posted by Hello

num cenário calmo... Posted by Hello

Politicamente incorrecto... Posted by Hello

segunda-feira, março 21, 2005

A VENDEDORA DE MIRAGENS

Ninguem, e muito menos ela própria, sabe bem como tudo terá começado.
Há quem suspeite da terra ressequida e árida em que nasceu. A favor desta hipótese os antigos que se lembram de a ver, bem pequena e triste, quase sempre de olhos fechados. Mas mesmo os pincipais opositores desta teoria recordam, não sabem bem se num dia ou numa época. Ou mesmo num inverno frio, seco e cinzento. O que é certo é que ela começou a sorrir. Ainda que e só com os olhos fechados. E lembram-se, não por ser um sorriso terno e quente de criança. Surgia do nada, congelava por uns momentos e depois desfazia-se deixando apenas uma sugestão, uma dúvida, quase um desencanto...
Ela dirá que nessa altura começou a viver. Lentamente a areia e o deserto ganhavam cor. O ar quente enchia-se de um odor quase enjoativo a plantas exóticas e a flores murchas. Cedo no entanto começou a saber corrigir estes excessos. Os excessos de cor, os excessos de luz... Pena mesmo era que quando abria os olhos tudo desaparecia. Pior ainda que as outras pessoas pareciam não ter conhecimento desse seu mundo.
Foi então que, sem saber como, começou a partilhar as suas miragens. No início quase a medo como quem conta uma história de fadas, como algo de irreal, distante, impossível.
Serviu esta fase, passageira e pouco importante, para descobrir como as pessoas gostavam de histórias.E, revelação surpreendente, como ela propria se alimentava delas.
Mas, terá sentido nessa altura, as histórias que contava eram apenas um reflexo insatisfatório. Algo como um raio de sol que cega e ilude mas que não lhe pertencia por muito tempo.
Teria mesmo era de se incluir na história. As primeiras tentativas foram desengonçadas. Inábeis. Depois, procurando ávidamente agora os olhos das pessoas, foi pouco a pouco eliminando tambem os excessos dela própria. Construindo golpe a golpe a imagem que os outros aprovavam. Nem perfeita de mais, nem ela própria que desconhecia.Apenas o suficiente.
Nesta altura terá reflectido sériamente para que serviria partilhar as imagens do seu mundo e mesmo as dela.
E aqui surge de novo a dúvida. Os tais antigos dizem que escolheu os personagens da vida real e os incluiu nas suas miragens com pequenos ajustamentos. Os mais incondicionais dizem que os transportou para o seu mundo de verdade e luz onde eles se reconheceram.Os mais cínicos ponderam que afinal enquanto as pessoas precisarem de histórias haverá sempre vendedores de miragens.
Será que alguem se quer dar ao trabalho de descobrir o deserto para alem da miragem?
Ou será que existe miragem para alem do deserto? Seria a propria vendedora uma miragem?

quinta-feira, março 03, 2005

Tabacaria

O prazer de ensinar, a meio da noite á filha adolescente, a Tabacaria. O imaginar as leituras, as entoações, os estados de alma até ela me confidenciar com aquele desapego sem indiferença:
-"Olha, estou apaixonada pela Tabacaria"!
A noção que há distancias de tempo, há saltos de gerações, há desertos de insinuações e mundos de contradições que estão apenas á distancia de um poema.

domingo, fevereiro 13, 2005


mississipi Posted by Hello

Um mes na vida: "é preciso que algo mude para tudo se manter na mesma"

1-New Orleans revisitada O mesmo ambiente que se recorda passeando no French Quarter. A música que se filtra das portas fechadas e o jazz que nos acompanha numa melodia sem começo nem fim. Sempre a mesma e sempre diferente, como numa alegoria a nós próprios. Como se enganam os roteiros turísticos ao dizer que a cidade tem a influencia espanhola e francesa quando em todo o ar se respira Africa e as origens! Um cântico de saudade e desenraizamento em cada nota que se perde na distancia.

2- Os três rios
Em 6 meses, 3 rios. Primeiro a dimensão seminal do Amazonas. Depois a dimensão intemporal do Nilo. Por último a dimensão do desenvolvimento no Mississipi.
De comum, a água, que liga à vida e as vidas. O presente e o passado. O tempo e o espaço. Algo que corre desde o principio e que continuará para alem de nós. Sempre monotonamente igual embora nunca se repita.


3- Barcelona de corrida
O prazer de se perder nas “ramblas” que tão bem se conhecem.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

A última de gauchos..prometo!

No aeroporto de Ezeiza:
De regresso ao movimento, às filas de gente e de trânsito, recordando o lamento simples e incomodativo das rãs argentinas.
Uma ideia para um conto – O meu doente argentino


Há três meses atrás, um convite algo inesperado, num dia de vento e frio, em pleno Inverno. Para comer um cordeiro nesta terra de gado. À mesa na varanda, ao ar livre, o pão caseiro que lembrava a infância. Sem sofisticação. E claro, o cordeiro... Ao longe, do outro lado do rio Salado, mas unido por uma estreita ponte de madeira, um moinho e a casa ainda algo triste do Monzón. Mas como “um almoço nunca é de graça” à sobremesa, uma conversa reservada ao pé do reservatório de água, elevado e circular, contrastando com a planície imensa a perder de vista, com os esteiros, lagoas e canais quebrando uma monotonia verde, de olhos no chão, bota gaúcha impaciente, o Roque apresentou-me o caso do seu filho. Conhecia já os meios-irmãos, a Carolina e um pequeno de quatro anos que mal ouvia ao longe o som do carro corria para nos abrir a cancela do caminho que obrigatoriamente teríamos que passar. O pequeno, vivo, despachado para chegar ao gancho e, pendurado na porta, que por inércia se abria. Os olhos escuros fitando de frente, procurando o reconhecimento na forma de um rebuçado, de um doce, ou por vezes apenas num sorriso... A Carolina, com um ar compenetrado e sério, aos fins-de-semana, quando chegava da escola, onde tinha que viver, a alguns quilómetros de distância. Contrastando com estes, o mais velho, o do primeiro casamento. O olhar ausente, a marcha algo irregular, uma assimetria na postura e na mímica.
Afinal era ele o motivo do almoço, o culpado do sacrifício do cordeiro... Que caía do cavalo vezes sem conta. Que se esquecia de tudo. Que não aprendia facilmente os gestos repetidos de tomar conta das vacas. De marcar o gado. Por vezes, tinha ataques; ficava, hirto, espumando pela boca, olhares revirados, como se não suportasse o peso de si próprio. Umas palavras que se trocam com ele, voz arrastada, às vezes incompreensível. Tinha dias em que estava pior, insistia o pai, receoso que o exame superficial deixasse escapar algo. Mas tinha outros dias e outros momentos que surpreendia, como se quisesse, transitoriamente, entrar no mundo dos outros. Sugeri uma medicação, convencido que, no máximo, conseguiria evitar as crises com perda de conhecimento. Instrui, detalhadamente, a subida do medicamento, que o Carlos levou na semana seguinte.
Os dias de férias acabaram e voltei à rotina da vida. Da epilepsia diagnosticada por vídeo E.E.G. Das ressonâncias e tomografias. Do teste de Wada , das dosagens dos antiepiléticos. Dos novos fármacos e dos ensaios clínicos. Às vezes recordava a casa do Monzón. Mas confesso que poucas vezes me recordei do “meu doente argentino”.
Meses depois voltei... A abrir o portão, rápido ao ouvir o carro, estava ele. Apresentaram-me... o teu médico. E aquele olhar que eu recordava ausente,
aquela mímica assimétrica, abriu-se um sorriso, num olhar de cumplicidade. Para qualquer neurologista, para qualquer médico, a explicação era evidente.
Mas naquela terra do fim da civilização, onde a saúde se mede pelo que se faz na luta pela sobrevivência, a situação adquiriu o estatuto de acontecimento. Não senti o natural sorriso de orgulho profissional. Apenas uma enorme gratidão por poder observá-lo na sua vida de gaúcho.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Como nasceu um gaúcho

Há dois séculos atrás, com o fim de estabilizar as zonas de fronteira, foram projectados, no Norte da província de Santa Fé, os “Fortins”. Não será difícil imaginar a planície “pantanera”, com os seus nasceres do sol que chamam á vida, os ecos dos cantos dos pássaros, os “carpinchos” passeando e desfrutando as margens do estreito rio Salado e de todo o pântano que alimenta e de que se alimenta. Nem difícil será imaginar a imagem algo fria de um jacaré, adormecido como que protegendo cada movimento, e o ruído da água que se abria para o englobar no seu seio.
Como também se adivinha a vida frugal, simples, solitária e contemplativa dos seus colonos. Vivendo da terra, pesada e pantanosa em que o cavalo significa muito mais que um transporte, mas a própria sobrevivência.
Um desses fortins era conhecido pela designação precisa e única, mas pouco evocativa, de “Fortin 80”. Tinha por função, também, estabilizar os índios, algo aguerridos, ciosos daquele lugar. E se não é difícil apreciar todo o ambiente descrito, já os índios, de tão controlados, desapareceram. Os seus costumes, a sua tradição, a sua vida. Que não o meio selvagem que forçadamente nos legaram. Deixaram vestígios do seu sangue nas peles morenas, em alguns traços fisionómicos e segura e ironicamente na personalidade e no modo de pensar dos que aí vivem. Mas do “Fortin 80”, do seu posto avançado ”Fortin Chico”, resta a estrutura e tudo o resto. Apenas mudaram os nomes: Espadana, Monzón, la Harmonia, Pampa y Cielo, Carolina. Mas ainda não sugestivos.
Talvez por isso prefiram conhecer essas terras como las de Roque, las de Barbier, las de Hugo, como se o nome do proprietário definisse aquilo que é uno, estável. Ora nessas casas isoladas com contactos ocasionais com os vizinhos vive-se, chora-se e até imagine-se, se morre.
A história que lhes quero contar passou-se exactamente aí: na “ la de Hugo”. Há três ou quatro anos, viajando mais de quatro horas por estes caminhos de lama, buracos, beleza e solidão e fui ter precisamente aí.
Ora a confiança dessas pessoas é algo que se pode ir conquistando, respeitando as enormes diferenças, com o tempo. Numa dessas casas isolada e triste, sem cor, como nos seus telhados de zinco, vivia a família de Hugo. Sem luz, sem rádio. Os dias faziam-se ao ritmo do sol, da chuva e das necessidades do gado e do domínio do cavalo. Nessa casa, com os seus pais e irmão, vivia uma jovem. Algo, com 20 anos de vida, que não era difícil apenas porque era a única que conhecia.
Vi-a pela primeira vez espreitando da estreita porta, apenas se adivinhando os cabelos em desalinho, baços, com um aspecto de animal nobre e selvagem perturbado na sua tranquilidade e nas suas certezas.
No ano seguinte, enquanto fazia um esforço, para eles ridículo, para subir para um cavalo, voltei a vê-la. A roupa, indefinível quanto à cor, amorfa. Os olhos no chão, com olhares breves, como que insuportáveis, aquilo que se passava em redor. O pé descalço, traçando desenhos no chão que só ela entenderia. Mas... todos os paraísos têm o seu preço.
Alguém, um dia, como diz a história, alguém aparece a tentar como a serpente. E a cobrar como Deus.
A serpente surgiu com a forma de uma organização de caça. E a tentação, a sedução, através de um guia de caça. Johan, experiente, diria que civilizado.
No ano seguinte, apercebi-me do inevitável. O ser amorfo, os olhos distantes como a terra, desabrochou como uma flor rústica, com uma sensualidade que por não ter modelo se assumiu em toda a sua naturalidade. E o seu corpo começou a ganhar forma ainda que progressivamente mais arredondada. Os olhos tornaram-se mais vivos como que se compreendesse. As costas endireitaram-se como se já não tivesse que pedir desculpa por existir.
Na visita seguinte não a vi. Mas soube que tinha nascido o Bruno. No meio do campo e sem “ecos” nem suplementos vitamínicos, como é natural. Mas o trabalho do campo é duro, as distracções da natureza podem pouco contra os conflitos e a confusão da cidade. Que cobrou o seu tributo ao campo, ao parceiro. A dádiva da sexualidade que despertou não prendeu o guia, e o animal que transformou em mulher mergulhou. Como se tivesse cumprido a sua história. Olhos no chão, sem vergonha mas sem chama. A roupa outra vez indefinível e amorfa. O pé, desenhando talvez mais fundo na terra que lhe pertencia. A borboleta tivera o se momento. Enquanto o cisne cantava, as asas desdobraram-se em cor e seiva. Eficaz e vibrante como todas as metamorfoses.
E, pensava eu, este teria sido o fim de uma história comum, banal, velha como o tempo. Que apenas teria de notório a simplicidade, a transparência de estados de alma que todos mascaramos.
Mas não. A semana passada, o Hugo, o chefe do clã, que assistiu a tudo do alto da sua violência contida, com a arrogância simples impermeabilizando-o aos dramas que o rodearam, vinha a cavalo na minha direcção. Conheço por demais o seu vulto que se esfuma na pampa. No entanto, havia algo a mais. Algo a mais do que eu me recordava, Mas algo que estava lá como se sempre tivesse estado.
No pântano, a luminosidade e a refracção vão-me pouco a pouco revelando e realidade. Sentado á frente do avô, fazendo corpo com ele, com o cavalo, com a pampa, com a história, com o tempo, a figura frágil e agora distinta do Bruno. Então, instintivamente, percebi: tinha nascido um gaúcho!

sábado, janeiro 01, 2005

Amigos até ao fim

O nome do novo livro de John le Carré. Que resolvi adoptar para este blog.
A voz dos órfãos das ideias da juventude. Da noção de independência e de liberdade. Das preocupações sociais. Da desilusão pela queda dos mitos.
A procura de alguma linha de defesa contra o avanço do poderio das grandes multinacionais. Do rosto severo (?) de Bush e da sua contrapartida britânica sorridente e socialista, Tony Blair.
Mas o livro também da amizade e das divergências. Do que separa e do que une, numa inocência comum ou num fim procurado, os dois amigos.
Le Carré à procura dele próprio?