quarta-feira, junho 17, 2009

Saudades de ser médico



Por vezes assalta-me esta nostalgia. Do tempo em que na relação não se intrometia uma equipa de técnicos, 3 ou 4 administradores, "guidelines", orçamentos, planos quinquenais, produtividade, meta-análises, custo-benefício. Do diagnóstico que se fazia olhos nos olhos usando os sentidos e a sensibilidade. Do doente que não exigia TAC, RNM, video-eeg, PET. Como doente estarei porventura mais protegido? Se todos os exames forem normais acabará o meu problema quer como doente quer como médico?

Um comentário:

L. disse...

A sensibilidade e perspicácia estão lá mesmo quando faz o diagnóstico à distância.
E será (entre outras coisas intangíveis) essa capacidade que permite ao doente estabelecer empatia e confiar.
Não haverá aqui espaço para manter outras opções em aberto? ;)